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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Afaste o Diabetes

Antes de criticar leiam esta matéria, foi toda retirada da Revista dos Vegetarianos, mas como ela é bem extensa não a coloquei toda, procurem também outras fontes de pesquisa, exitem muitas pessoas que não sabe o que é o vegetarianismo e ficam ofendendo as pessoas eu sei muito bem disso, por causa da minha opção alimentar eu sou vítima de preconceito, as pessoas não querem nem saber e já saem ofendendo, se não quer fazer a opção vegetariana, tudo bem, mas não precisa ofender, eu respeito também quem prefere outras opção alimentar, cada um fazer o que quiser de sua vida, não é mesmo! Não é uma crítica só um desabafo.


Fonte: Revista dos Vegetarianos


Quando não cuidado, o Diabetes pode levar a pessoa à morte. Acompanhe o depoimento de profissionais de saúde e os mais recentes estudos que apontam o  quão benéfico é a dieta vegetariana para afastar esse mal que assola milhares e milhares de pessoas ao redor do mundo.


Por: Viviane Pereira.


Vegetarianismo: Mais Saúde para Diabéticos.

Vida, doce vida, Quem tem diabetes sonha com uma vida doce, ainda que isso não represente necessariamente ingerir mais açúcar. Para quem precisa estar sempre atento ao consumo de açúcar e carboidratos, por uma questão de sobrevivência, uma vida mais doce significa, muitas vezes,  uma saúde equilibrada, sem uso de constante de medicamentos, a possibilidade de passear, praticar esportes, viajar, viver.
Como um dos pontos fundamentais para a boa saúde dos diabéticos é a alimentação, o vegetarianismo torna-se um forte aliado no controle e tratamento da doença. Há estudos e profissionais que indicam até a dieta vegetariana como auxiliar na cura do diabetes - contrariando outra corrente, que defende a ideia de que diabetes não tem cura, apenas controle.
Seja para curar, controlar, tratar ou ajudar a evitar o desenvolvimento da doença, o vegetarianismo tem se mostrado bastante eficiente e garantido uma vida mais saudável a quem o experimenta. 

Experiência e Exemplo de Vida:

A vida da professora de Educação Física da Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Ciências da Saúde Jane Dullius é o exemplo real de como o vegetarianismo pode melhorar o modo de viver dos diabéticos. Diabética desde 1971 e vegetariana desde 1979, ela afirma não ter dúvidas de que a opção por essa dieta garantiu melhor qualidade de vida para ela em comparação a outras pessoas que convivem com a doença. "O equilíbrio é maior, o controle metabólico é melhor, a intoxicação é menor, a qualidade de vida é muito melhor. Sem dúvida, o corpo e a mente ficam mais sensíveis, favorecendo inclusive a autopercepção de suas próprias condições e de suas variações da glicemia", afirma.
Além de ter na sua vivência um exemplo de hábitos saudáveis, Jane foi além e decidiu dividir sua experiência e trabalhar com outras pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades.
Orientadora no mestrado na linha de pesquisa "Educação em Diabetes", Jane é coordenadora do programa de educação em diabetes Doce Desafio, da UnB, que já atendeu mais de mil pacientes, estudantes e profissionais. O trabalho do grupo é ensinar as pessoas com diabetes a ter melhor qualidade de vida, unindo boa alimentação, exercícios e outros aspectos.
Ela destaca que todas as indicações para os pacientes com diabetes são compatíveis com uma dienta vegetariana. "Quando se abordam as orientações para uma dieta para o tratamento e prevenção não é só do diabetes, mas das patologias associadas à síndrome metabólica como um todo (obesidade, hipertensão, cardiopatias, dislipidemia, microalbuminúria), observa-se que a dieta vegetariana é ideal tanto para a prevenção como para o tratamento", diz. "No entanto, cada caso é um caso; é preciso ter muitos cuidados e boa orientação, conhecimento e sensibilidade/intuição. Há muitas distorções e pessoas mal informadas ou mesmo mal intencionadas. Pacientes que estão em sofrimento, fragilizados pelos medos associados às doenças, são vítimas fáceis de falsas expectativas de cura ou de melhoras milagrosas."
O trabalho de Jane leva em consideração pesquisas que indicam que poderia haver uma reeducação de até 50% na incidência de diabetes se as pessoas passassem a ter hábitos mais saudáveis. "A diabetes tipo 2, a mais comum, geralmente é decorrente de uma predisposição genética associada a maus hábitos de vida, especialmente o sedentarismo, a má alimentação e o estresse", avalia. "Nesse sentido, sem dúvida uma dieta vegetariana associada a uma vida mais ativa corporalmente e com a mente melhor direcionada poderia reduzir em muito a prevalência dessa condição e, especialmente, a resistência à insulina e intolerância à glicose, condição pré-diabética que atinge mais de 15% da população mundial."
Jane ressalta que muitos médicos e laboratórios dão mais ênfase ao tratamento com remédios, mas não é esse o principal cuidado para o diabetes. "O principal tratamento da maioria dos casos de diabetes é o reajuste no estilo de vida. Hoje em dia temos excelentes medicamentos para auxiliar no tratamento da diabetes, ainda bem, mas eles devem ser utilizados não como substitutos ao principal: vida saudável. "Ela acrescenta ainda que orientações equivocadas a maioria dos profissionais de saúde não acredita que a dieta vegetariana equilibrada possa ser saudável, ainda mais para um diabético. Sua vida é o melhor exemplo para provar o contrário.

Saúde

Jane era diabética havia oito anos quando se tornou vegetariana, aos 19 anos. Ela conta que percebeu uma grande redução - de cerca de 25% - nas doses de insulina que utilizava. "Não posso hoje garantir que que tenha sido pelo fato de ter afastado o consumo de carnes, pois na época eu não tinha o conhecimento necessário para avaliar todas as variáveis envolvidas e poder fazer essa afirmação com certeza", afirma. "Mas o fato é que uma dieta vegetariana tende a proporcionar refeições mais leves e menos gordurosas - o que reduz o ganho de massa gorda, um problema para a maioria dos diabéticos. Também tende a ter uma absorção dos carboidratos de forma mais lenta, devido a frequente presença de muitas fibras na dieta , o que diminui os picos hiper e hipoglicêmicos. Não maltrata os rins ( o que a hiperglicemia já faz), pois não os sobrecarrega com grandes volumes de proteínas - tão comum em nossas dietas ocidentais - reduzindo a possibilidade de nefropatia. Tende a ser bastante hídrica, o que para o diabético é excelente. Favorece o fornecimento de alguns micronutrientes essenciais como zinco, selênio, vitamina B e C. Reduz o consumo de colesterol, uma das maiores causas de morte por cardiopatias de diabéticos (2 a 4 vezes mais frequentes nesses)."
Gaúcha, ela diz que quando decidiu ser vegetariana, foi se aprofundar para manter-se saudável tanto do ponto de vista físico quanto psicossocial. A decisão aconteceu quando estudava nutrição e ela acabou incorporando não só a dieta, mas também os aspectos éticos, filosóficos, religiosos, ecológicos e sociais do vegetarianismo. Quando ficou grávida, os médicos a  assustaram bastante sobre sua opção alimentar em relação à doença, somada a gravidez. "Há 24 anos, ser diabética e gestante assustava bastante. "Um dos médicos que a atendeu propôs rever sua dieta alimentar, ao que ela com o conhecimento adquirido em seus estudos, logo questionou. "Eu disse que se fosse devido à aumentada necessidade de proteínas de alto valor biológico, que ele não deveria se preocupar com isso, pois a combinação de cereais integrais com leguminosas oferecia a alimentação humana um aminograma mais adequado do que aquele alcançado com ingestão de carnes. E lhe dei uma explicação mais ou menos 'cientifica'. Ele nunca mais tocou no assunto e mantive-me lacto vegetariana durante toda a gestação, não fazendo consumo de nenhum complemento nutricional extra.Descobri que precisaria estudar muito para bem cuidar de nós duas - eu e a bebê."
A gestação foi ótima e Jane não teve qualquer sintoma desagradável, nem enjoos. Durante a gravidez ela deu aulas de dança e fazia de 6 a 7 controles de glicemia por dia; sua hemoglobina foi mais alta do que a média das hemoglobinas das gestantes (apesar de não consumir nem carne, nem sulfato ferroso) e ela amamentou até 2 anos e 4 meses com abundância . "Hoje tenho 47 anos, 36 de diabetes tipo 1, continuo saudável e dando aulas de dança, curso de vegetarianismo e de filosofia e também trabalhando com outras matérias. Minha filha, que nunca comeu carne em 23 anos, tem 1,74 m de altura e é saudável".

Dieta Vegetariana

" A dieta vegetariana ajuda a prevenir e a tratar o diabetes. Há resultados de pessoas com diabetes tipo 2 que conseguiram tirar o medicamento", afirma o nutricionista George Guimarães, proprietário da Nutriveg, empresa de consultoria especializada em nutrição vegetariana. Ele atribui o resultado ao fato da dieta vegetariana normalmente ter uma quantidade maior de fibras e carboidratos complexos e uma quantidade menor de gordura e alimentos refinados. "Nesses casos é importante que a transição da dieta seja feita com orientação médica", comenta ressaltando que se a pessoa não quer sair do convencional, só vai conseguir controlar a doença: administra, mas continua dependendo do medicamento . "A dieta vegetariana consegue reverter esse quadro. Se for vegana, melhor ainda, porque é possível incluir mais fibras."
Guimarães explica que uma das principais vantagens da dieta vegetariana nesses caos é possibilitar uma maior ingestão de fibras. "Se a pessoa tem uma dieta equilibrada comendo carne vai conseguir bosn resultado para a diabetes. Mas se a dieta for equilibrada e vegetariana, o resultado será melhor porque para conseguir um grande nível de redução de gordura e ingestão de fibras só é possível com o vegetarianismo. Se a quantidade de caloria ingerida diariamente for ocupada por um pedaço de carne, não será ocupada por brócolis, que seria mais saudável. A pessoa que come carne, brócolis, arroz integral e leite por exemplo, para melhorar a ingestão de fibras, vai ter que colocar mais brócolis e mais arroz integral e para isso teria que tirar algo da dieta."
Ele cita um estudo de 2003, de Jenkins, Kendall, Marchie, Augustin, Ludwig, Barnard e Anderson, que analisou a dieta vegetariana usada como tratamento em pacientes com diabetes tipo 2. 
O resultado apontou que, com três semanas de tratamento, 39% dos pacientes deixaram de usar insulina e 71% deixaram de fazer uso de medicamentos orais. "A característica principal era a dieta ser rica em carboidratos complexo e fibras e pobre em gorduras."
Outro ponto a favor do vegetarianismo no tratamento é a gordura saturada presente na carne, que atrapalha o diabetes. "Mas é bom saber que uma dieta vegetariana à base de pizza de mussarela e refrigerante também não trará melhorias.Vemos que o vegetarianismo traz bons resultados porque, no geral, a dieta vegetariana média é mais equilibrada que a dieta onívora média."
Isso acontece, segundo ele, porque a dieta normal não pretende curar o diabetes; apenas administrar. "Com a vegetariana, você consegue reverter a doença".
O nutricionista considera a alimentação a base para o tratamento do diabetes, principalmente pelo tipo 2 ser causado sobretudo, pelo excesso alimentar. "As pessoas comem muito e coisas de má qualidade: ingerem excesso de calorias, de gordura, ; o corpo passa a não conseguir mais lidar com a superalimentação, não consegue mais funcionar direito e começa a afetar diversas funções. É uma situação de risco."
Ele esclarece  que o aparecimento do diabetes é uma relação do corpo, como se dissesse "já que a comida não para de entrar, vou colocar uma barreira para que a glicose entre na célula". Passa então a ser necessária muito mais insulina para que a glicose entre na célula. "O objetivo do corpo é fazer com que a célula para de receber nutrientes. Chamamos essa reação de resistência à insulina", diz. "O problema desse processo é que a entrada da glicose é que mantém a nutrição da célula. Sem a insulina, o nutriente não entra  na célula.".
Guimarães chama a atenção para uma questão presente no diabetes: o índice glicêmico, ressaltando que quanto mais lenta a glicose entra no organismo, melhor, pois evita picos de insulina, que sobrecarregam o funcionamento. "Quando a gordura não está presente na dieta, é mais fácil controlar isso; a glicose entra mais lentamente no corpo, não provocando picos de insulina. A gordura da carne afeta a forma como a glicose entra no organismo."


 
   





    

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